traz a vida nos braços,
pousa o mundo no chão,
larga os medos na estrada,
e desmonte cada peça
de que é feito o coração.
deixa lá fora o cansaço,
desarme a solidão,
brindes sonhos ao relento
como quem junta os pedaços,
entre a loucura e a razão.
faz parte ser um pouco perdido
faz parte começar outra vez
faz parte ir atrás dos sentidos
e voar a sentir o mundo
na ponta dos pés
guarde a vida nos braços,
pouse os dias no chão,
brindas sonhos ao relento
como quem junta os pedaços
de que é feito o coração.
traga o tempo desfeito,
no que procuras em ti,
se olhares no fundo do peito
saberás quem és,
mesmo até ao fim.
mafalda veiga. faz parte.
[o desejo que em viço
os abriu
ainda não os beijou]