quinta-feira, 4 de julho de 2013

Logo ela que rouca gritava o caminho exato...




vento-me
num vendaval de sol
e se aquele mês fosse
o que não foi
saberia sobre quem ia
e sobre o que ia acontecer.
então volta, insólita sensatez
vem colocar minha vida em ordem.
dá-me a circunferência, o elo, o ciclo.
de uma ponta de um semicírculo,
não consigo avistar a outra.
eu gosto dos eternos.




quarta-feira, 3 de julho de 2013

É a vontade que consome o ar...





 amanheceu e mal podia enxergar as luzes reais. ela tinha medo de atravessar a ponte precária. ela nunca tinha reflexos rápidos quando acordava muito cedo, tudo dava errado. o leite transbordava na fervura, errava a medida do café, a gata não saía de seu esconderijo secreto . ela tinha receio porque se distraia nestes dias que nascem esquisitos. ela transbordava na fervura, errava a medida das palavras, tinha medo que ele não voltasse. porque o amor não tem pontes, nem escadas, é só uma estrada comprida, sem semáforos para indicar se a gente avança ou recua, enquanto a vida transborda.