sábado, 27 de julho de 2013

0 espaço onde as presenças são nuvens



as vezes acho que é a simplicidade que atordoa. nos desacostumamos do simples, o mundo anda muito rebuscado, escondido em efeitos especiais, de respostas que só vem depois de jogos metafóricos. talvez por isso que dentro de mim há muitas paisagens. às vezes atravesso desertos, mergulho em oceanos, caço em florestas, deito em nuvens de algodão.nas minhas paisagens há rostos conhecidos ou uma multidão de desconhecidos a serem descobertos. não fosse o milagre do inusitado, minha vida teria menos emoção, menos vibração e eu estaria encolhida à condição do senso comum, onde tudo é igual. prefiro me aventurar ainda que aparentemente não esteja em movimento. meu corpo permanece estático, mas meu espírito entra e sai do futuro. minhas paisagens interiores me conduzem à vida nômade onde percorro estradas que só eu avisto. elas me mostram como sobreviver às intempéries porque experimento, ainda que ninguém o saiba.


These Days by Nico on Grooveshark diz....
´esses dias eu pareço 
pensar sobre
como todas as 
mudanças vieram 
na minha direção
e eu penso se eu vou ver 
outro caminho´


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Por pudor, sou impura









na trilha do corpo,
o meu querer é a passagem possível
para um estágio de súbita delicadeza,
desejos que se conjugam,
verbo derr(amado)
com a generosidade do
alimento farto.



[mais que estranho
é o mundo
que nos estranha...]
















´aquilo que amas bem permanece,
o resto é desperdício
o que amas bem não será arrebatado de ti
o que amas bem é a tua verdadeira herança´