andei por aí tentando rimar alecrim com teus olhos como se fossem eles o motivo de eu ficar aqui imaginando as palavras na tua língua. as folhas estavam agitadas pelo frio seco e ensinavam um novo caminho distraído, mas inquieto. quis voltar e partir para o inverso daquilo que planejei. mas os planos já estavam feitos. segui pela sonoridade que o coração insistia em lembrar. eu imaginei quando por trás de mim o mundo acontecia. tão perto. íntimo. lembrei do mundo real. sangrento, solitário, barulhento e indiferente [ frio como gelo que não derrete]. mas quando tu chegaste batendo palmas no temporal só dei pelo que não tinhas a cor, o perfume, o calor as décadas. das tuas posses me permites o que desejas perder. mas o que mais tu tens - que essa luz continua acesa?
sopras então, nos meus quatro cantos uma cançãozinha de lá de onde eu venho:
sopras então, nos meus quatro cantos uma cançãozinha de lá de onde eu venho:
"alecrim
alecrim dourado
que nasceu no mato
sem ser semeado"
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