quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não havia escolha, por isso, era simples






Como posso  falar e entender  a vida senão pela linguagem de  nossos corações? se quando pousas o nome em mim ajeitas a ternura cansada no canto das palavras? assim te povoei e me levei por tudo o que via e pelo que apenas intuía. se você tem olhos sedentos, se teus ouvidos são alegres a captura é certa. em mim você  é desconectado com a razão e com o raciocínio lógico. como agir se a boca acabou de chegar da ausência e ainda treme ao toque dos dedos? e eu espero no hangar silencioso do desejo. espero os olhares mais longos. olhos dançando de rosto em rosto. rostos que talvez nunca se larguem mais. e principalmente  porque há restos de asas, ainda, pousados nos meus lábios.  as chamas estão vivas, estão também em constante movimento e efervescência. em construção.






quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Na minha. Na tua






Fecho os olhos e
beijo-te na boca.
Um beijo. Na boca.
Na boca um beijo.
Abro a alma e
Beijas-me na boca.
Beijo teu beijo.
Beijo em outro beijo.
Um beijo, só um beijo.
Na minha boca. Toda.

´... take my breath away ´♫


terça-feira, 5 de novembro de 2013

E vou dizendo bom dia em surdina







´sonho e amor
luz e noite
razão e desvario´
Pablo Neruda
- Prólogo de Las Piedras de Chile















somos dois debruçados sobre a lua
dois nos sonhos transportados
na bagagem
no equilíbrio inconstante
do presente
na arquitetura instável
dos silêncios

manhãs gris espreguiçando-se  como gatos à janela ou
asas esquecidas