sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

0 que mais aquece o coração


kesler tran







quando a vida
se torna demasiadamente monótona,
há que ter uma bocado
de ternura.










[... coisa que depois de muito tempo
a gente possa olhar e sorrir,
mesmo sem saber por quê. ...]




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Detalhe inevitável: a mágica apaga a memória.








Ela gosta de devaneios. Levitar no infinito, entre o nada e a eternidade, assim, sua alma está conectada a todas as outras entidades do Universo, as infinitamente grandes e as  pequeninas também.  O processo é este: jogar uma moeda no poço da  memória prestando atenção nos sons e ecos à medida que ela ricocheteia ao despencar silêncio adentro. Lembrar dos desejos  com detalhes [é assim, ou pelo menos era pra ser]. Ela quer tanto algo enternecedor e as memórias com toda a sua beleza lhe crava um enigma no peito, no jeito, nos gestos. Porém, pode estar enganada. Pode estar sendo enganada. Pode ser o inverso: seu avesso se lança aqui fora e engole as moedas, as rumina, saboreia, e joga de volta sons de deleite. Ela precisa ver estrelas no céu da boca, sambar devagarzinho ou então achar cinquentão no bolso. Ela precisa de surpresa !





domingo, 22 de dezembro de 2013

No templo dos teus sentidos...







'que sejas consolado
na simetria secreta
da tua alma.
que sintas cada dia
como uma dádiva sagrada
tecida em torno do
cerne do assombro.

que a chuva caía de mansinho
em seus campos

e, até que
nos encontremos de novo

que os Deuses lhe
guardem na palma de
Suas mãos.
que despertes para o
mistério de estar aqui
e compreendas a
silenciosa imensidão
da tua presença.'




[estamos todos interligados 
e  de alguma forma 
para a evolução 
de um 
precisa-se da evolução de todos ]






Feliz Natal!









'que se
desatem os nós
e fiquem
os laços'



sábado, 21 de dezembro de 2013

Hora de você







Há várias maneiras possíveis de se fazer a mesma coisa, se todo mundo começar a discutir para ver qual seria a melhor, então vai acabar que se escolherá a pior de todas, que é o tempo passar e nada ser feito [a gerente de sorriso forçado dizia]. Ela, sonolenta queria  fechar os olhos  e acordar bem longe dali, apertando um corpo forte para que incidente algum lhe tirasse de perto desta paz imaginária. Poderia também escolher  cair  no seu colo, quente e caloroso, durante uma risada boba descosturando no teu rosto a pergunta de como foi seu dia [agarrando-a e lhe jogando na cama, impedindo que terminasse o que estivesse dizendo, só para lhe beijar sem pressa]. Ela mostraria a língua para o relógio, feito provocação de criança mesmo, gabando-se porque tem alguém para lhe deixar mole enquanto a maioria esta dando duro naquele exato momento. E ele, amoroso como nunca viu, não querendo saber do jornal nacional, das contas do mês, do carro sem gasolina. Tampouco da correria do relógio, da tempestade que vem vindo ou dos problemas da esquina. Só querendo saber dela, desde que seja assim  na sua cama...



'...em que o seu HoHoHo
seja repleto de
HaHaHa'