terça-feira, 24 de junho de 2014

O cansaço havia se transformado em um rugido






(..)muitas vezes ela anseia conhecer qual seria a via mais rápida para saciar sua fome de sensações, pois sabe que há frutos deliciosos na existência e quer provar todos. ao mesmo tempo outra voz que brota do interior lhe afirma que o anseio é perigoso, pois a vida é uma experiência complexa e todos os caminhos são longos, não há atalhos. a conclusão de hoje é de que seria necessário mais tempo. dias assim precisavam de conclusões, mesmo que superficiais, mesmo que mentirosas. é isso, precisava de mais tempo, nunca se bastou com o suficiente...









"não é que vivo em eterna mutação, 
com novas adaptações a meu renovado viver 
e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. 
Vivo de esboços não acabados e vacilantes. 
Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu,
 entre mim e os homens, entre mim e o Deus."
Clarice Lispector



domingo, 22 de junho de 2014

Agora, desvia um pouco o olhar


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New York City Ballet



 ' Sentimos a dor, mas não a ausência da dor; sentimos a inquietação, mas não a ausência da inquietação; o temor, mas não a segurança. Sentimos o desejo e o anelo, como sentimos a fome e a sede; mas apenas satisfeitos, tudo acaba, assim como o bocado que, uma vez engolido, deixa de existir para a nossa sensação.'

    Arthur Schopenhauer
 do livro As dores do mundo









[não me adivinhes
 -lá, onde me doer, vou recordar-me
porém ainda digo o teu
nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido]

sábado, 21 de junho de 2014

Olhar turvo


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um dia desses estava com uma amiga na varanda, olhávamos para um cachorro que perambulava pelo estacionamento bem a nossa frente, mas com uma razoável distância. Ela comentou que as cores de bicho eram muito bonitinhas, e eu fui categórica: – Amiga, aquele cachorro está com sarna. Ela resmungou, duvidosa, mas não discutiu. Naquela semana mesmo, indo ao mercado, o cachorro estava por ali, e percebi que realmente ele não tinha sarna. pensei, eu não devia estar num dia muito bom! Encontrei amiga e comentei meu equivoco. Na sequencia dos fatos vi  o filme: "Simplesmente feliz…" no incio do filme tive a impressão de que a história venderia risos = felicidade. Isso porque os primeiros minutos de filme são "simplesmente irritantes" passado esta primeira impressão, o filme vai demonstrando que aqueles primeiros momentos pareciam um teste de empatia para o espectador, já que, em muitos momentos a felicidade da protagonista é irritante, invasiva, mas é bela…e cheia de cãozinhos coloridos…
É um filme diferente, cheio de sensibilidades.

Simplesmente Feliz (Happy Go Lucky)
Direção: Mike Leigh









[você é capaz de
 surpreender? ]