vem. gosto quando tu falas do sol, do riso das nuvens brancas. falas a língua dos abraços, das carícias (e)ternas no teu corpo de dividas e sinas. fazes o leito em que adormeço com o corpo lilás dos fins das tardes
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
...e vamos provar as nuvens
.as palavras vêm do peito, passam pela garganta e desfazem-se no ar esperando que alguém as apanhe. o universo não tem ideias. sentir é compreender que o amor é alimentado pela imaginação. por ele nos tornamos mais sábios do que supomos, melhores do que nos sentimos, mais nobres do que somos. através dele podemos ver a vida como um todo, por ele e só através dele podemos compreender os outros nas suas relações reais e ideais. o caminho para o amor não é reto nem é longo nem é algo que se ensine. o caminho para o amor é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chegou lá. o caminho para o amor passa por onde o chão desaparece sob os pés. traz consigo sabores e cheiros e coisas macias…
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
a banalidade e o despropósito
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todo dia acordo do mesmo lado,
desço a mesma escada, e o som dos meus passos repetitivos me diz:
onde...? onde...? onde...?
todo dia atravesso a mesma praça,
na partida e na chegada, e o canto dos pássaros nas árvores me diz:
quando...? quando...? quando...?
todo dia eu pego o mesmo ônibus, que me leva e me traz, e o murmuro das pessoas nos bancos me diz:
como...? como...? como...?
toda noite, eu durmo e sonho com as múltiplas possibilidades
para os muitos onde, quando, como...
quando acordo pela manhã, os sonhos se recolhem ao esquecimento,
para que a vida possa recomeçar de novo, sem onde, quando e como.
'não me pergunte quem sou
e não me diga para permanecer o mesmo.'
(Foucault)
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