há um cotidiano surdo
caminhando estremecido
pela impudica poesia. a lua tornou-se minguante. há instantes longos
deitando-se sobre o agora
onde o chão da eternidade inteira
persegue o brilho disponível
no meu mar
enquanto um banco de areia
espelha o retrato da espera. há o tempo. há tempos. não anoitece ainda...