ante o explícito mistério
e a crua convergência de todos os ais.
eis-me com sede eterna.
suspensa.
na boca aroma de fruta madura .
perpetuamente.
entre a busca do gesto e o retorno.
há um cotidiano surdo
caminhando estremecido
pela impudica poesia. a lua tornou-se minguante. há instantes longos
deitando-se sobre o agora
onde o chão da eternidade inteira
persegue o brilho disponível
no meu mar
enquanto um banco de areia
espelha o retrato da espera. há o tempo. há tempos. não anoitece ainda...