não corresponde ao comum
não se encaixa
e na ausência do canto
passa o dia a escrever
nas folhas que o vento
leva e trás
nas paredes brancas
de espanto
no chão de coisas pequenas
quase esquecidas
"Quase esquecidas" ainda temos salvação... o vídeo : uma agonia , conflito entre fé ,fé imposta,símbolos que pesam como vigiadores dos nossos prazeres,e aí? Normal ou loucos? meu beijo tomara que agora vá o comentário
Olá Margoh. Agradecendo o carinho da visita. Não consegui ver o vídeo, pois minha conexão é super lenta, ultimamente esta assim. Parece um pensamento meu,rs. Muito intenso. Uma boa semana. Beijos.
Margoh, muito bom o ¨regalo¨. O vídeo é lindo. E depois do susto de hoje, veio a calhar. Estava precisando desses sentimentos. Trouxe-me paz. Desejo-te uma quarta-feira de muito brilho. bjs
( O susto? um sapo na minha porta. rs)
Deixo aqui um poema de Cora Coralina que adoro:
Estas mãos
Olha para estas mãos de mulher roceira, esforçadas mãos cavouqueiras.
Pesadas, de falanges curtas, sem trato e sem carinho. Ossudas e grosseiras.
Mãos que jamais calçaram luvas. Nunca para elas o brilho dos anéis. Minha pequenina aliança. Um dia o chamado heróico emocionante: - Dei Ouro para o Bem de São Paulo.
Mãos que varreram e cozinharam. Lavaram e estenderam roupas nos varais. Pouparam e remendaram. Mãos domésticas e remendonas.
Íntimas da economia, do arroz e do feijão da sua casa. Do tacho de cobre. Da panela de barro. Da acha de lenha. Da cinza da fornalha. Que encestavam o velho barreleiro e faziam sabão.
Minhas mãos doceiras... Jamais ociosas. Fecundas. Imensas e ocupadas. Mãos laboriosas. Abertas sempre para dar, ajudar, unir e abençoar.
Mãos de semeador... Afeitas à sementeira do trabalho. Minhas mãos raízes procurando a terra. Semeando sempre. Jamais para elas os júbilos da colheita.
Mãos tenazes e obtusas, feridas na remoção de pedras e tropeços, quebrando as arestas da vida. Mãos alavancas na escava de construções inconclusas.
Mãos pequenas e curtas de mulher que nunca encontrou nada na vida. Caminheira de uma longa estrada. Sempre a caminhar. Sozinha a procurar o ângulo prometido, a pedra rejeitada.
Felizes somos nós que estamos perto de 'pessoas comuns' escrevendo coisas incomuns e sempre belas, beijjinhos ( vi o vídeo,me deixou tonta ... rs), margoh
11 comentários:
Lindo. como sempre encontro por aqui! beijos,tuuuuuuuuuuudo de bom,chica
Que delicadeza e ninguém vê, na pressa, no tempo desperdiçado que é a pressa. Amei, para variar! :) Vou ver o vídeo agora...
"Quase esquecidas" ainda temos salvação...
o vídeo : uma agonia , conflito entre fé ,fé imposta,símbolos que pesam como vigiadores dos nossos prazeres,e aí? Normal ou loucos?
meu beijo
tomara que agora vá o comentário
Olá,
Fino! Mergulhante! Convidativo... Até
www.beabadosucesso.com.br
Olá Margoh.
Agradecendo o carinho da visita.
Não consegui ver o vídeo, pois minha conexão é super lenta, ultimamente esta assim.
Parece um pensamento meu,rs. Muito intenso.
Uma boa semana. Beijos.
Margoh, muito bom o ¨regalo¨. O vídeo é lindo. E depois do susto de hoje, veio a calhar. Estava precisando desses sentimentos. Trouxe-me paz.
Desejo-te uma quarta-feira de muito brilho.
bjs
( O susto? um sapo na minha porta. rs)
Deixo aqui um poema de Cora Coralina que adoro:
Estas mãos
Olha para estas mãos
de mulher roceira,
esforçadas mãos cavouqueiras.
Pesadas, de falanges curtas,
sem trato e sem carinho.
Ossudas e grosseiras.
Mãos que jamais calçaram luvas.
Nunca para elas o brilho dos anéis.
Minha pequenina aliança.
Um dia o chamado heróico emocionante:
- Dei Ouro para o Bem de São Paulo.
Mãos que varreram e cozinharam.
Lavaram e estenderam
roupas nos varais.
Pouparam e remendaram.
Mãos domésticas e remendonas.
Íntimas da economia,
do arroz e do feijão
da sua casa.
Do tacho de cobre.
Da panela de barro.
Da acha de lenha.
Da cinza da fornalha.
Que encestavam o velho barreleiro
e faziam sabão.
Minhas mãos doceiras...
Jamais ociosas.
Fecundas. Imensas e ocupadas.
Mãos laboriosas.
Abertas sempre para dar,
ajudar, unir e abençoar.
Mãos de semeador...
Afeitas à sementeira do trabalho.
Minhas mãos raízes
procurando a terra.
Semeando sempre.
Jamais para elas
os júbilos da colheita.
Mãos tenazes e obtusas,
feridas na remoção de pedras e tropeços,
quebrando as arestas da vida.
Mãos alavancas
na escava de construções inconclusas.
Mãos pequenas e curtas de mulher
que nunca encontrou nada na vida.
Caminheira de uma longa estrada.
Sempre a caminhar.
Sozinha a procurar
o ângulo prometido,
a pedra rejeitada.
Lindo! Um abraço...
Costumo pensar que, algumas vezes, melhor não ter a sensação de se encaixar. Bjs.
No chão de coisas pequenas, Margoh,
conseguem escrever-se coisas enormes.
Deixo um beijo, com carinho.
Sim. Não corresponde as coisas comuns porque só uma pessoa tão sensível como você pode percebê-las.
bjs.
Felizes somos nós que estamos perto de 'pessoas comuns' escrevendo coisas incomuns e sempre belas,
beijjinhos ( vi o vídeo,me deixou tonta ... rs), margoh
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