em passos naturais ia pela orla a fora. podia ter esperado por uma carona. para quê? meia hora de caminhada só lhe faria bem. ficou satisfeita de pensar que fez a melhor escolha. a acertada. sentia o mar sobre os seus pés, ainda lutando contra o sol da manhã. mas, sobretudo, sentia aquele vento fino e refrescante. fez-lhe lembrar a aragem da serra. fez-lhe lembrar os relatos da infância da sua vó, quando ela dizia que em plena calçada quente andava descalça, porque naquele tempo não havia dinheiro para sapatos. achou invulgar o vento naquela manhã. o seu cabelo, que havia lavado antes de sair de casa, já estava em completo desalinho e ondulado pelo vento. não se importou. o sol não a incomodou. o vento não a incomodou. nem mesmo o fato de que por um descuido seu tivessem levado sua bolsa com teus pertences. estranhamente . com olhos miúdos pelo sol, lamentou pelos óculos que deixava o seu céu mais azul.
o dia despertava agitado. ela despertava
para a vida sem temores.
5 comentários:
Uma narrativa de pessoas para quem a vida se olha nos olhos.
Com a tua magia à mistura, fiquei enfeitiçada.
Beijinhos
Um texto me gostei de ler.
Beijinhos
Coisas de Uma Vida 172
Gostei muito!!!
beijinhos
Maria
Gostei muito!!!
beijinhos
Maria
Gostei da realidade que o texto me passou...
Beijos...
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