segunda-feira, 11 de abril de 2016

O espanto era a luz











solt0-me das aparências e contudo fico presa a elas . nem me fale em berço esplêndido. espelho não, hoje eu quero me ver pelas costas. ou melhor: fico a meio caminho entre essas aparências e aquilo que as anula, aquilo que não tem nome nem conteúdo, aquilo que é nada e é tudo.  hoje não serei capaz de dar o passo decisivo para fora delas. a minha natureza obriga-me a flutuar, a eternizar-me no equívoco, e, se tentasse optar por um sentido ou pelo outro me perderia por causa da minha salvação.  quanto mais avanço mais nítido fica o que deixo pra traz.....










 [às vezes não interessa mudar,
 interessa aceitar.
 e aceitando, é deixar andar]




2 comentários:

Ives disse...

A Srta Luz diz:
-abre a janela e seja, apenas seja"
abração

mixtu disse...

num flutuar
sentido
vivido
num sentir
e num amar...
aparencias...

poesia...