com tanta desestabilização emocional, percebi que quando não tinha mais nada a perder emergiu de dentro de mim o espírito de aventura. porque há estados de alma tão incandescentes que abordá-los é simplesmente renovar seu ardor e arder. alimentar sua capacidade de fogo e danar-se. só é possível, então, afastar o olhar, olhar para outra coisa, fazer de conta que ainda resta algo no mundo que as chamas não consumiram, até que o tempo, única força realmente invulnerável, capaz de afetar sem ser afetada, faça seu trabalho e o que era brasa viva seja por fim o tênue eco de um calor, uma cinza inofensiva....
Um comentário:
Olá, Margoh.
quando não se tem mais nada a perder... deixar-se arder...
Esperar que o tempo passe e também eu seja uma "cinza inofensiva"...
bj amg
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