domingo, 31 de julho de 2016

lembra-se o que se esquece




dou-te o que não tenho
 – a história de um rio exultante
a explodir na boca em versão romântica,
 poema sem trágicos sulcos ou fala completa....


 o desejo sempre implica a escolha de ser tua




Um comentário:

Benno disse...

profícuo o paradoxo de se dar o que não se tem.
Ora, se tivesse, quando dá, já não tem mais,
mas quando não se tem e se dá, a posse estaria criada no próprio ato de se dar
tal como o amor e a amizade, inexistentes antes da entrega e mesmo antes da devolução.
tal como o sonho a dois, dando-se o que é apenas imaginado, na esperança de ver materializado.