surpreendo quem me conhece. sou de uma natureza quieta e zen. não faço muito barulho. muitas vezes sou como a gata que caminha entre os cristais sem nunca partir nada e sem se fazer ouvir. não faço alarde. eu aprendo com as pequenas coisas da vida. com as colheres que mexem o café aprendi a ver como será o dia de quem convivo(de como a vida se faz). e segui observando e experimentando o que me diziam as coisas do mundo que já existiam antes de mim. eu aprendi muito com a minha vó Madalena que tanto gostava de se reunir para um chá (no aparelho de porcelana fininha) com as suas amigas que se vestiam de preto antes mesmo da moda ter inventado como sendo um coringa no clouset. aprendi com a minha mãe que fazia sonhos deliciosos recheados com goiabada em sua pedra de mármore enquanto cantava coisas que inventava. aprendi com os limões que apanhava no quintal a me livrar dos espinhos curtos e afiados. aprendi com a difícil palavra que quebra uma esquina , com as pedras e os insetos do caminho. com os sonhos ruins e os monstros de banheiros. aprendi que nada se deve desperdiçar porque cada segundo, é demasiado precioso. eu sei de muitas coisas, até que a sombra máxima pode vir da luz mínima, acredita? é...só que às vezes não sei.
-- 0 silêncio é o irmão mais sábio das palavras?