sábado, 24 de agosto de 2013

Por dentro, transparente







à pouco, quando
cheguei em casa
tinha os pés
cheio de areia.

ou seria o coração
 cheio de mar.

não estou certa.



O verso sofisticado



saber não basta, carece
corromper, comprometer
e ameaçar o que existe...




tão
alta
a
torre
até
seu
tombo
virou
lenda


* * *


vão é tudo
que não for prazer
repartido prazer
entre parceiros

vãs
todas as coisas que vão


* * *


aqui jaz um grande poeta.
nada deixou escrito.
este silêncio, acredito,
são suas obras completas







com seus textos híbridos, 
personalíssimos, 
seus haikais e trocadilhos geniais
hoje de onde estiver : 
Feliz dia Teu

[Curitiba, 24 de agosto de 1944
 — 7 de junho de 1989]


vida que me venta 
sina que me brisa 
só te inventa 
quem te precisa.

0brigada!


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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sigo em frente a troco de vento









e o dia como amanhece? olhos de sonho, frestas, limiares? se expressar é isso, equilibrar olhos alheios sobre uma ponte frágil de tinta negra que avança linha a linha sobre os abismos da folha branca. entre o real e a invenção, está o que vemos, o que nos olha, aquilo que capturamos ou o que nos captura.   ao capturar, aprisionamos, ou, inventando, liberamos?  mas não me olhe assim tão fundo, o que ha é muito raso, muito claro, quase a flor da pele.

um dia aprendo de superficialidade...