sábado, 12 de julho de 2014

Com a impressão do devorado






“No princípio, eu guardava meu verbo amar debaixo de muita gramática. Se por prudência, também pelo medo de desbotá-lo ao deixá-lo vir à luz. Sempre vi a palavra penumbra como a claridade suficiente
 para proteger o amor.”

Bartolomeu Campos de Queirós,
 em “Vermelho amargo”.





[ bom é  quando  algo proporciona
a experiência de um coração aberto, 
permitindo que o amor se  derrame...]


quarta-feira, 9 de julho de 2014

O que serei, quem sabe, ultrapasse a tentativa....




Os meus sonhos propõem grandes voos justo no momento em que as questões cotidianas requerem a tua atenção.  Teu olhar me lê, desvenda as metáforas todas do meu silêncio, mas não compreende as entrelinhas dos meus versos. Neles, a realidade transita entre a verdade e a ficção quando represento a mim mesma como um personagem que precisa de palavras doces para 
esconder-se do mundo.





terça-feira, 8 de julho de 2014

Dividindo em compassos coloridos








Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares
 com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;

Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,

Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além.

Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. amém.

Natália Correia







[creio em descanso para o olhar
e tempo de abraçar...
a realidade é apenas
um milagre da nossa fantasia]