quinta-feira, 28 de agosto de 2014

se isso me torna superficial, paciência.




em passos naturais ia pela orla a fora. podia ter esperado por uma carona.  para quê? meia hora de caminhada só lhe faria bem. ficou satisfeita de pensar que fez a melhor escolha. a acertada. sentia o mar  sobre os seus pés, ainda lutando contra o sol  da manhã. mas, sobretudo, sentia aquele vento fino e refrescante. fez-lhe lembrar a aragem da serra. fez-lhe lembrar os relatos da infância da sua vó, quando ela dizia que em plena calçada quente andava descalça, porque naquele tempo não havia dinheiro para sapatos. achou invulgar o vento naquela manhã. o seu cabelo, que havia lavado antes de sair de casa, já estava em completo desalinho e ondulado pelo vento. não se importou. o sol não a incomodou. o vento não a incomodou. nem mesmo o fato de que por um descuido seu tivessem levado sua bolsa com teus pertences. estranhamente . com olhos miúdos pelo sol, lamentou pelos óculos que deixava o seu céu mais azul.

o dia despertava agitado. ela despertava
 para a vida sem temores.



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

meu fraco é café forte



Costumam dizer que sou calma demais
(não sei se sou).
Falam que sou risonha
(é que o sorriso encurta
o caminho para chegar
até alguém)

Que sou aérea, lerda (do tipo que o ônibus é assaltado e nem percebo,
que quase é atropelada na Paulista e nem fica nervosa. essas
coisas.rs)

Dizem que falo baixo demais
(só não falei que isso é apenas um
detalhe… ;),
tem pessoas que eu quero que cheguem mais perto).

Dizem que acredito em todo mundo
(nem sempre,
é que sempre espero o
momento certo)

Até me falaram que sou do tipo perfeitinha
( deixa estar… acho que
ainda não viram meu guarda-roupa!! rs)



Tento encarar mais alegremente  minhas amarguras e adoçar as renuncias que vez por outra preciso fazer.Se desejo seguir, preciso confiar que os passos que me guiam,estão me levando para onde quero estar. É  necessário  aceitar o que pode ser perdido, não cabe o meu apego.A visão dos detalhes dependeapenas da minha disposição  para enxerga-los.  Apenas a mim cada ler meu roteiro e alterar meus traços com régua e letra!

Começo a suspeitar que nos
 corredores da alma tem mais
colheita que eu supunha  =)


*andei passeando pelo orkut
antes que feche de vez!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

e se estende até à ponta dos dedos....


quando o acostamento se desfaz em grãos de areia, resta o sonho na calma da outra margem e assim vem  uma palavra por dia e ela esperava por aquela palavra. era uma forma de esperança.  executava, com paciência todos os seus afazeres. não tentava adiantar as horas, nem queimar etapas. ela sabia que tinha de ser assim. a espera era a ponte que tinha de atravessar todos os dias para chegar aquele momento. uma palavra por dia. a dela era o nome dele a estalar entre a língua e o céu da boca. o nome dele. como uma prece. um sussurro. uma palavra por dia. todos os dias. sempre. esquecia da vida com aquela mão a pintar poemas de amor em cada tela derramada da sua pele.



'volte sem ter que viajar
veja tudo sem ter que olhar
faça tudo sem ter que fazer'
aqui