sexta-feira, 21 de novembro de 2014

não havia correntes de pensamentos



.a ferida por baixo da cicatriz- quem cura? não soube responder pois não se sai do abismo, aprende-se a sua linguagem.    de súbito percebeu que as coisas simples se fala depressa; tão depressa que nem conseguimos que as ouçam.    as coisas simples murmuram-se; um murmúrio tão baixo que não chega aos ouvidos de ninguém.    olhava com olhos de camaleoa a face mutável do mundo e considerava-se incompleta.  a noite sobre o mar é particularmente escura e não há nada pior do que demasiado tarde. 





' adapte-me a 
uma cama boa /
 capte-me uma 
mensagem à toa /
 de um quasar 
pulsando lôa / 
interestelar canoa '
Cae Veloso

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

leva-me para lá da luz




vem. gosto quando tu falas  do sol, do riso  das nuvens brancas.  falas a língua dos abraços, das carícias (e)ternas no teu corpo de dividas e sinas.  fazes o leito em que adormeço  com o corpo lilás dos fins das tardes





sábado, 15 de novembro de 2014

...e vamos provar as nuvens





.as palavras vêm do peito, passam pela garganta e desfazem-se no ar esperando que alguém as apanhe. o universo não tem ideias. sentir é compreender que o amor é alimentado pela imaginação. por ele nos tornamos mais sábios do que supomos, melhores do que nos sentimos, mais nobres do que somos. através dele podemos ver a vida como um todo, por ele e só através dele podemos compreender os outros nas suas relações reais e ideais.  o caminho para o amor não é reto nem é longo nem é algo que se ensine.  o caminho para o amor é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chegou lá. o caminho para o amor passa por onde o chão desaparece sob os pés. traz consigo sabores e cheiros e coisas macias…