sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Na pele do silêncio
















há um cotidiano surdo caminhando estremecido pela impudica poesia.  a lua tornou-se minguante.   há instantes longos deitando-se sobre o agora onde o chão da eternidade inteira persegue o brilho disponível no meu mar enquanto um banco de areia espelha o retrato da espera. há o tempo.    há tempos.    não anoitece ainda...





quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Tem aquela eterna madrugada que lateja novidades






















quanto mais avanço , mais nítido fica o que deixo pra trás.  esses ecos vêm de dentro, bem lá dentro, das minhas catedrais e galerias, dos meus teatros desertos e seus túneis secretos por onde sobe um vento fresco, límpido, que me sopra o rosto quando me aproximo da fonte  e dança sorrindo em torno de mim.









'eu não espero pelo dia
em que todos
os homens concordem
apenas sei de diversas
 harmonias bonitas
 possíveis sem juízo final… '
Caetano Veloso

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

cada língua dá um nome para o que dá água na boca















você e eu
minha novelinha preferida
de um capítulo só 
aos primeiros raios do dia,
no lânguido movimento de renascer...

[enredo tipo "se te pego não te largo"]








domingo, 21 de fevereiro de 2016

de tanto céu


















num tempo qualquer pra chegar a terra incógnita eu segui astros e lábios, segui sons refletindo a luz da tua iris e soprei de dentro do peito o excesso de terra firme. fora isso, durmo entre parenteses onde os fios das minhas teias tem laço, corda-bamba. sobraram fios de luz, que mantem à flor da pele os rios que me correm fundo e meu coração nas alturas. meus dias, quando muito, têm pausas onde eu respiro....