Nas frestas da cidade pairam estórias em aberto, o mel grosso de mil vidas embebendo os poros da esponja imensa. Na varanda, não sei bem a propósito de quê, pus-me a rir de mim mesma. Devia estar no ultimo instante de lucidez, preparando-me para o Dostoiévski - Noites Brancas [já não sei]. Sei que olhei para o céu, pensei que estava fabuloso, com aquelas nuvens em fundo azul que só acontecem à noite, e depois pensei: pensei o quê? Não me lembro. Vivo uma vida isenta de pensamentos dignos de memória. Acontece que agora não corro para nada, não insisto, não me faço acontecer. Fico o quanto me apetece e depois vou, sem saber se volto, pensando nisso depois, mais tarde, noutro lado qualquer...
O mundo é uma brecha, um esplendor, um redemoinho.
O mundo é uma brecha, um esplendor, um redemoinho.
6 comentários:
E quem disse que não o é? Ainda que os mares estejam às avessas, navegar é a alternativa para chegarmos a qualquer endereço... Um texto bem escrito... gostei imensamente desse redemoinho.
Beijos, Margoh
Muito bem escrito a fazer puxar pela imaginação
A foto? Mas existe foto?
Deixo abraço
Feliz Natal
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http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Já li Noites Brancas de Dostoiévski, aliás, li quase tudo do maior escritor de todos os tempos :)
É bom se sentir livre e deixar a vida fluir em sua torrente.
Beijo
O mundo dá voltas e voltas!!! Um bjs aqui aproveitando muito na praia com o povo todo!!!beijos,chica
Que bela definição do mundo na sua indefinição.
Lindas divagações com pé em terra e outro no horizonte.
beijinhos
Olá,
Adoro a sua criatividade que sempre roça o redemoinho.
Texto encantador bem escrito.
Abraço
ag
(..)
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