domingo, 26 de junho de 2016

ao mesmo tempo irrompendo coisas lindas....



por hoje ser domingo, falemos de ternura, do sagaz exercício de um poder tão firme e silencioso como só houve no tempo mais antigo. apaguemos  o sorrindo com ironia e cultivemos a doçura no fundo de um alto segredo que os restitui do futuro. falemos do desejo, de doces mãos irreprimíveis. sobre os meses, sonhando nas últimas chuvas, os sonhos encontram seu inocente jeito de durar contra a boca delicada rodeada em cima pela treva das palavras. digamos que descobrimos amoras, a corrente oculta do gosto, o entusiasmo do mundo. descobrimos nossos corpos que se protegem e sorvem, e o silêncio admirável das fontes. pensamentos no espaço sideral de alguma coisa celeste como fogo exemplar. digamos que dormimos agarrados, e vemos as fadas um pouco inclinadas para nós como estreitas e erguidas flores azuis, e temos memória e absorvente melancolia e atenção às portas sobre a subespécie dos dias gris.... 
(...)





quinta-feira, 23 de junho de 2016

Viver de forma a querer a mesma vida sempre

      


 sim. eu bendigo o momento raro em que sou toda ouvidos, toda tato, toda olhos. toda tua. bendigo o momento em que o   presente me enche a boca.





(..)é preciso que 
se embriaguem 
sem descanso.

Com quê? 
Com vinho, 
poesia ou virtude, 
a escolher. 
Mas embriaguem-se.
Charles Pierre Baudelaire


muito.muito.muito
https://www.youtube.com/watch?v=pep-77e2KWY



terça-feira, 21 de junho de 2016

por isso não há paradoxo ou ironia



um dia frio de domingo teve um êxtase. foi diante do mar tão calmo que no olhar ela nunca poderia abraça-lo. a graça e o jeito eram tão fortes e visíveis que pareciam saltar das formas . ela se sentia em uma espécie de êxtase (des)controlado.de uma forma nunca antes experimentado. mas apesar do êxtase ela conseguia correr. sim. o misterioso mar de todos que ali estavam lhe dava às vezes um estado de graça. feliz, feliz, feliz. ela de alma quase voando (e também vira gaivotas) tentara contar a ele mas não tivera jeito, não sabia falar e mesmo contar o quê? o êxtase? o ar que lhe preenchia e lhe ultrapassava? não se conta tudo porque o 'tudo' é um vão inexplicável. as vezes a graça a pegava em pleno despertar....