quarta-feira, 29 de outubro de 2014

conhecendo o que desconheço







  (..) o que eu tentei captar de você escapou-me. não era nem ontem e eu achava que te prendia. capturava-te, instantes pois veio de longe não em completo esquecimento nem em completa nudez veio tão esfomeado de uma receita que  me é lembrada e tão insatisfeito da satisfação insaciada e tão próximo do limite a um precipício  voltado. éramos irreais vivendo um amor irreal. procuramos o que não era de se achar.não conseguimos tornar o amor real. porque certeza e amor,  é presunção.



sábado, 25 de outubro de 2014

desvio





 ela mesclava-se com os seus livros de poesia,
na esperança de que ele a lesse
tal como se fosse seu poema favorito








sexta-feira, 24 de outubro de 2014

nos desertos - íntimos, insuspeitos -






um ruído surdo, confuso.  imperceptível
durante o dia,
enche toda a
 penumbra noturna
viam-se
com as pontas dos dedos
com o eco das vozes









quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ter fé e ver coragem no amor...







não gosto muito de ter certezas. gosto das surpresas que agitam o caminho. não somos folhas brancas, [aquela metáfora era mesmo péssima]  ninguém vaga totalmente vulnerável por aí, esperando a ação de outros. as pessoas têm escolhas. podem aceitar ou recusar a ideia de que precisam ser melhoradas e têm a decisão final de deixar essa função para outros ou não. no fim, todo mundo que passa pela nossa vida realmente deixa um pouco de si, mesmo que seja a certeza de que você quer ser o exato oposto daquilo. mesmo que a oportunidade de ver que tipo de pessoa você realmente quer ser. é possível escolher quem te magoa nesse mundo, assim como é possível escolher ser e quem te conserta. a melhor coisa é quando alguém escolhe a si mesmo. mas se você quiser entre o sim e o não tem sempre um segundo de poesia...