domingo, 21 de fevereiro de 2016

de tanto céu


















num tempo qualquer pra chegar a terra incógnita eu segui astros e lábios, segui sons refletindo a luz da tua iris e soprei de dentro do peito o excesso de terra firme. fora isso, durmo entre parenteses onde os fios das minhas teias tem laço, corda-bamba. sobraram fios de luz, que mantem à flor da pele os rios que me correm fundo e meu coração nas alturas. meus dias, quando muito, têm pausas onde eu respiro....









sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

devolve-me o desejo




















tão fora do eixo dos meus dias
podias ter acendido uma estrela
brilhante, nova, tão nova

fecho a cortina que me
tapa a luz da noite
apago o último suspiro
devagar, tão devagar.

podia ter me amado
na luz do luar
como quem acende
 uma estrela

 fecho os olhos e
apago a luz
longe de mim
cada vez mais perto de ti




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

um desvio no olhar



.
.


 como se não existisse forma lógica, às vezes me arrastando, saio assim de mim, na tentativa de inventar um novo silêncio que se estenda até à música, que será tudo o que levo, ao fechar-me comigo, trancando-me por dentro, elevando-me aos céus, para que saibas que é choro, quando a chuva te refrescar o rosto cansado por tanto que me procuras...
.
.





quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

envergada pelo vento








absolutamente
ela coleciona sonhos
vive de suspenses
demasiadamente
viciada em palavra
em tudo que degenera
 e ressurge